quarta-feira, 17 de outubro de 2012

PROGRAMAÇÃO ATUALIZADA


Simpósio UnB 50 anos: pelos caminhos da memória – esquecimentos e lembranças da Ditadura Militar na Universidade de Brasília

Programação:
24 de outubro
Manhã
Local: Auditório da Faculdade de Comunicação – ICC Norte – Subsolo A
Abertura
08h30min às 08h50min - Abertura Oficial: Magnífico Reitor Jose Geraldo de Sousa Junior
08h50min às 09h05min – Coordenadora da Pós-Graduação em História da UnB Dra. Maria Filomena Pinto da Costa Coelho
09h05min às 09h20min - Coordenadora do NEP – Dra. Nair Heloísa Bicalho de Sousa
09h20 às 09h50 – Apresentação Honestinas
09h50min às 10h15min- Intervalo

Significados da ditadura militar na UnB
Coordenação da mesa – Dra. Lúcia Helena Pulino – IP/UnB
10h15min às 10h45min – Dra. Cléria Botêlho da Costa – A relevância da memória na reconstrução do presente
10h45min às 11h15min – Maria Elisabete Barbosa de Almeida – Palestra sobre Honestino Guimarães
11h15min às 11h45min – Dr. Isaac Roitman – professor
11h45min às 12h15min – Debate com o público
12h15min – Intervalo para almoço

Tarde
Local: Faculdade de Comunicação Sala 12 – ICC Norte – Térreo A
Memórias sobre a ditadura militar na UnB – parte 1
Coordenação da mesa – Dra Lucília de Almeida Neves Delgado – HIS/UnB
14h às 15h – Erika Kokay – ex-aluna (Memórias sobre a Ditadura Militar na UnB)
15h às 15h15min- Intervalo
15h15min às 16h15min – Luiz Humberto Miranda Martins Pereira e José Carlos Córdova Coutinho – professores
16h15min às 17h15min – Aldo Paviani – professor
17h15min às 18h – Debate com o Público

25 de outubro
Manhã
Local: Faculdade de Comunicação Sala 12 – ICC Norte – Térreo A
Memórias sobre a ditadura militar na UnB – parte 2
Coordenação da mesa – Dra. Eloísa Pereira Barroso – HIS/UnB
09h às 10h – Vladimir Carvalho – professor
10h às 10h15min- Intervalo
10h15min às 11h15min – Arlete Sampaio – ex-aluna
11h15min às 12h15min – Edilberto Sebastião Dias Campos – ex-aluno
12h15min às 12h45min – Debate com o público

Tarde
Local: Faculdade de Comunicação Sala 12 – ICC Norte – Térreo A
Memórias e experiências da ditadura militar – parte 3
Coordenação da mesa – Dra. Simone Rodrigues Pinto - CEPPAC
14h30 às 15h – Deputada Maria José Maninha – ex-aluna
15h às 15h30min – Gilney Viana – Comissão, Memória e Verdade
15h30 às 15h45min- Intervalo
15h45min às 16h40min – Palestra de Encerramento - A Experiência Argentina da Ditadura Militar na UBA. Prof. Dr. Pablo Pozzi (Universidade de Buenos Aires)
17h – Lançamento livro: “Memória e cidade, lembranças de Vila Nova”
Autora: Sílvia Clímaco Mattos  Editora: PUC-Goiás

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Inscrições

Bom dia!

As inscrições para ouvintes são gratuitas.
Envie nome completo, instituição e telefone para o e-mail:
simposiounb50anos@gmail.com

Vamos emitir certificado de participação.


Ex-estudantes relembram período da ditadura na UnB

Ex-estudantes relembram período da ditadura na UnB
Histórias do movimento estudantil permearam reunião realizada na quarta-feira, 29, com a participação da deputada federal Erika Kokay e dos jornalistas Beto Almeida e Tereza Cruvinel, ex-estudantes da UnB .

Fernando Molina - Da Secretaria de Comunicação da UnB.



No dia em que uma das invasões militares à Universidade de Brasília completou 44 anos, a reflexão sobre o movimento estudantil foi tema predominante na reunião da Comissão UnB 50 Anos, realizada nesta quarta-feira, 29. Sediado no Salão de Atos da Reitoria, o encontro contou com a participação da deputada federal Erika Kokay e dos jornalistas Beto Almeida e Tereza Cruvinel, ex-estudantes da UnB, que relataram a repressão e a violência que sofreram a comunidade acadêmica na época e a resistência estudantil à ditadura.
Tereza Cruvinel estava matriculada no curso de Letras em 1977, quando foi presa pela repressão. Adepta do pensamento de que historiar é preciso, a atual colunista dos Diários Associados entende que é preciso dar mais destaque à UnB no processo de redemocratização do país.
“Às vezes, o papel da UnB fica secundarizado frente a fatos que ocorreram no eixo Rio-São Paulo. Porém, a mobilização na Universidade de Brasília contribui para o retorno à democracia”, disse Tereza. Ela contou que os participantes do movimento estudantil buscavam divulgar suas idéias ao máximo. “Panfletamos até em Dia de Finados e feriados cívicos como 7 de Setembro”, compartilhou a ex-presidente da Empresa Brasil de Comunicação.
AUDÁCIA - Para Beto Almeida, o movimento estudantil daqueles anos tinha dentre suas características a audácia organizativa, política e temática. “Os sindicatos estavam amordaçados. Tínhamos um papel a cumprir perante a sociedade brasileira”, explicou o jornalista, para quem as universidades têm uma dívida social com o país.
Almeida lembrou vários episódios vividos pelos estudantes na UnB, como a necessidade de esconder os mimeógrafos; a manifestação de repúdio à visita do ex-secretário de estado dos EUA, Henry Kissinger; e a realização de eventos culturais e educativos. “Com o projeto História do Chorinho”, contou, “trouxemos à UnB personalidades como Cartola e Waldir Azevedo”.
RESISTÊNCIA - O depoimento de Erika Kokay também foi tomado por histórias dos anos de resistência ao governo militar. “O movimento estudantil era símbolo da luta da sociedade brasileira pela democracia”, afirmou. A deputada ressaltou a importância da Universidade de Brasília no cenário nacional, relembrando a greve de 1977, aqui iniciada e, posteriormente, alastrada por outros estados.
Erika Kokay também frisou a relevância do Alojamento Estudantil, atual Casa do Estudante Universitário, como pólo de resistência à ditadura. “O Alojamento era um local de encontro para atividades políticas e artísticas, tais como debater e também cantar, ouvir músicas e assistir filmes”, relatou a deputada. Kokay também reiterou a importância de atividades de extensão universitária para cumprir com a missão emancipatória do ensino superior.
O reitor José Geraldo de Sousa Junior citou Pompeu de Souza, que costumava ressaltar os dois compromissos que para Darcy Ribeiro integram os pilares da Universidade de Brasília: lealdade com os padrões internacionais de conhecimento e a lealdade com o povo brasileiro.
“Após os movimentos do final da década de 1970”, apontou o reitor, “o Brasil viu concretizar as agendas da abertura política, da Constituinte e das eleições diretas para presidência da República.”
EMOÇÃO - Os relatos e os debates conferiram um clima especial à reunião da Comissão UnB 50 Anos. Esta é a opinião da professora Adalgisa Maria Vieira do Rosário, uma das responsáveis pelo Projeto ProMemória. “É muito emocionante rever esses ex-alunos e lembrar a atuação importante que realizaram no movimento estudantil pela democratização do país”, declarou.
A emoção também tomou conta do professor José Carlos Coutinho, ao lembrar a reunião que decidiu pela expulsão da à época estudante Erika Kokay, realizada em 17 de junho de 1977. “O então reitor José Carlos Azevedo nomeou o Conselho Universitário às pressas para responder a demanda legal que defendia a permanência da aluna”, lembrou Coutinho. Ele e o professor Marco Antonio Rodrigues Dias foram os dois únicos votos contrários ao desligamento de Kokay.
ENVOLVIMENTO - E como está o movimento estudantil atualmente? Para Beto Almeida, é preciso maior envolvimento em processos de transformações sociais. Citando a ausência da participação de universitários no projeto das Unidades de Polícia Pacificadora, colocado em prática no Rio de Janeiro, o jornalista fez um paralelo com as universidades nicaragüenses que se dedicaram à erradicação do analfabetismo em seu país.
“É necessário rebeldia contra estruturas arcaicas da sociedade brasileira”, sentenciou Almeida ao lançar uma proposta: mobilizar as universidades para o que chamou de uma “cruzada contra o analfabetismo no Brasil”. “Eu não abdiquei de nenhum sonho, com o tempo só os aperfeiçoei”, concluiu o jornalista.
Para Tereza Cruvinel , a democratização do Brasil passou pela reconstrução das instituições estudantis desmanteladas pelo governo militar e a UnB teve um importante papel nesse processo.
Com o objetivo de promover o registro histórico da universidade, a jornalista propôs a criação de um Blog da Memória, aberto a todas as pessoas que tenham algo a compartilhar – relatos, imagens, documentos.  “O passo seguinte seria compilar o material reunido em uma publicação impressa”, sugeriu.
No site UnB 50 Anos, é possível enviar fotos e registrar histórias. Mais informações estão disponíveis em:
Textos: UnB Agência. Link para esta reportagem: http://www.unb.br/noticias/unbagencia/unbagencia.php?id=7011



terça-feira, 28 de agosto de 2012

Programação



24 de outubro

Manhã

Abertura
08h30min às 09h- Coral da UnB

09h às 09h20min – Abertura Oficial: Magnífico Reitor Jose Geraldo de Sousa Junior

09h20min às 09h35min - Coordenadora da Pós-Graduação em História da UnB Dra. Maria Filomena Pinto da Costa Coelho

09h35 às 09h50 - Coordenadora do NEP – Dra. Nair Heloísa Bicalho de Sousa

09h50min às 10h15min- Coffee Break

Significados da ditadura militar na UnB
Coordenação da mesa – Dra. Eloísa Pereira Barroso – HIS/UnB
10h15min às 10h45min – Dra. Cléria Botêlho da Costa – A relevância da memória na reconstrução do presente
10h45min às 11h15min – Elizabeth Almeida – Palestra sobre Honestino Guimarães
11h15min às 11h45min – Dr. Isaac Roitman – professor
11h45min às 12h15min – Debate com o público
12h15min – Intervalo para almoço

Tarde

Memórias sobre a ditadura militar na UnB – parte 1
Coordenação da mesa – Dra Lucília de Almeida Neves Delgado – HIS/UnB
14h às 15h – Erika Kokay – ex-aluna (Memórias sobre a Ditadura Militar na UnB)

15h às 15h15min- Café

15h 15min às 16h15min – Luiz Humberto Miranda Martins Pereira – professor
16h15min às 17h15min – Aldo Paviani – professor
17h15min às 18h – Debate com o Público

25 de outubro

Manhã

Memórias sobre a ditadura militar na UnB – parte 2
Coordenação da mesa – Dra. Lúcia Helena Pulino – IP/UnB
09h às 10h – Vladimir Carvalho – professor
10h às 10h15min- Café
10h15min às 11h15min – Arlete Sampaio – ex-aluna
11h15min às 12h15min – José Carlos Córdova Coutinho – professor
12h15min às 12h45min – Debate com o público

Tarde

Memórias e experiências da ditadura militar – parte 3
Coordenação da mesa – Dra. Simone Rodrigues Pinto - CEPPAC
14h30 às 15h – Ivonete Dias – ex-aluna
15h às 15h30min – Gilnei Viana – Comissão, Memória e Verdade

15h30 às 15h45min- Café

15h45min às 16h40min – Palestra de Encerramento - A Experiência Argentina da Ditadura Militar na UBA. Prof. Dr. Pablo Pozzi (Universidade de Buenos Aires)
Coordenação da Atividade Cultural – Dra. Izabela Brochado (IdA/UnB)

17h45min às 19h - Atividade Cultural de Homenagem ao Honestino com o cerramento de um quadro em memória ao estudante e apresentação teatral a ser realizado pelo IdA.

Inscrições

As inscrições para o Simpósio UnB 50 anos: pelos caminhos da memória - esquecimentos e lembranças da Ditadura Militar na Universidade de Brasília são gratuitas, faça sua inscrição através do e-mail:

simposiounb50anos@gmail.com


Informe os seguintes dados:

Nome completo - instituição - telefone



Por que reconstruir esse passado?


Por que reconstruir esse passado?
Rememorar, em primeiro lugar, porque se faz necessário que os novos professores e alunos da UnB se apropriem desse passado, condição básica de compreensão do presente da Instituição; uma vez que presente e passado estão incondicionalmente atrelados. Conhecer um pouco da história da UnB para amá-la, pois não se ama o que se desconhece. Por entre as dobras desse passado, o seminário buscará, escavar e transmitir, no presente, a uma comunidade de ouvintes, as lembranças de professores e ex-alunos cuja história ainda é pouco conhecida no nosso meio acadêmico. Assim, por meio de narrativas orais, a memória estará realizando a sua missão ética – repassar as experiências do passado aos que não a viveram.
Assim, todos aqueles que, no Simpósio, ouvirem as narrativas de dor da ditadura militar brasileira tornar-se-á responsável pela continuidade da narração, passa a fazer parte dela. Assim, diante do sofrimento e da injustiça não ouvir é cometer uma segunda injustiça, é lavar as mãos e não assumir a responsabilidade que as gerações precedentes passaram para nós no tempo presente. Contudo, é preciso ter consciência de que esses fatos recentes que visam reacender o debate sobre a ditadura no Brasil coexistem com vários setores da sociedade que se deixam comodamente arrastar pela crença num progresso realizado à custa do crescente aumento de grupos excluídos da sociedade e outros grupos que renegam a abertura constante entre o passado de exclusão e dor e o presente que recupera este passado e o concretiza na ação política cujo horizonte é a redenção.
Com o propósito de operacionalizar o objetivo proposto pensamos em, após a abertura formal do Simpósio, reiniciá-lo com uma palestra sobre os sentidos de rememorar: por que rememorar hoje? Seguida de mesas redondas nos dois dias. Cada mesa será composta por professores e ex-alunos os quais narrarão suas experiências de vida no campus universitário no período em debate. Na ocasião do evento, haverá uma fala sobre a importância das memórias daqueles que vivenciaram a Ditadura na UnB, (professores e ex-alunos da UnB) além de ressaltar a importância da reparação dos danos materiais, culturais e políticos causados pela Ditadura a essas pessoas.

Apresentação


Simpósio UnB 50 anos: pelos caminhos da memória – esquecimentos e lembranças da Ditadura Militar na Universidade de Brasília

O simpósio terá como objetivo reconstruir parte da história da UnB ocorrida no período da Ditadura Militar brasileira. Reconstrução que será realizada a partir das experiências cotidianas vivenciadas por professores e ex- alunos no campus, em especial, as estratégias de sobrevivência ao cerco policial, à repressão física e simbólica, os danos materiais, culturais e políticos vividas por aqueles sujeitos, na Universidade de Brasília, em diferentes momentos do regime ditatorial brasileiro. Tal objetivo será realizado a partir do trabalho conjunto com distintos Departamentos, Centros e Institutos que compõem a Universidade, tais como: Departamento de História, Instituto de Artes, Faculdade de Comunicação, Núcleo de Estudos para a Paz, Centro de Estudos sobre a America Latina e o Caribe, além da Universidade de Buenos Aires, IES que vivenciou também forte repressão no período ditatorial argentino e com a Comissão da Verdade instituída pela Presidência da Republica, considerada por nós, de capital importância para a reconstituição da história da ditadura militar no Brasil. Trata-se, portanto, de um esforço coletivo.